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Sicilia e Calabria – Comece em casa a sua viagem à Itália

Atualizado: 6 de mai. de 2020

Atrações ligadas aos gregos, romanos, árabes e normandos na rica e multicultural ilha italiana, combinadas com arte e belas paisagens litorâneas na porção continental do roteiro.


Se quiser acompanhar o roteiro ouvindo a nossa playlist das duas regiões no Spotify, clique aqui (ou volte para ouvi-la a qualquer hora).


Taormina, na Sicilia, e Scilla, na Calabria (fotos: Pixabay)


Nossa jornada começa em Palermo, capital da Sicilia, fundada no século 8 a.C. pelos fenícios. A cidade se destaca pela mescla de culturas que passaram por ali, como a dos fenícios, gregos, romanos, bizantinos, berberes, normandos e aragoneses.

Fonte Pretoria, em Palermo (foto: Pixabay)


Construída no século 12, a Catedral de Palermo é uma prova desse rico ecletismo. Com uma arquitetura de estilo predominantemente normando, o templo ainda exibe detalhes mouros, barrocos, neoclássicos e góticos. Lá foi coroado e sepultado Frederico II (1194-1250), rei da Sicilia, da Alemanha, da Itália e de Jerusalém; também aclamado imperador dos romanos.

Catedral de Palermo (foto: Shutterstock)


Outro ponto do nosso tour, o Palácio Real, muito conhecido como Palácio dos Normandos, é a residência real mais antiga da Europa. Sua primeira parte construída data do século 9, quando a cidade era dominada pelos árabes. A reformulação e ampliação ocorreu apenas no século 12, quando foi erguida a Capela Palatina, a basílica da família real siciliana. De estilo árabe-normando, ela tem lindos mosaicos bizantinos.

Palácio Real e Capela Palatina (fotos: Pixabay)


Outros belos mosaicos bizantinos, contemporâneos aos da Capela Palatina, também são destaques no dia seguinte da nossa viagem. Na Catedral de Monreale (século 12), cidade a cerca de 10 quilômetros de Palermo, eles dividem a atenção com o claustro do templo, ornado por colunas em vários estilos.

Catedral de Monreale (fotos: Pixabay)


No trajeto há interessantes panoramas da Conca d’Oro, planície junto ao mar onde está a capital Palermo. Marsala, famosa mundialmente por seu vinho fortificado de mesmo nome, é outro ponto de parada ao longo deste dia, onde o nosso roteiro proporciona um almoço dentro de uma vinícola.

Conca d'Oro, vista de Monreale, e vinhedo em Marsala (fotos: Wikimedia Commons e Pixabay)


Pitoresca e agradável cidade entre o mar e a montanha, Cefalù nos brinda com outra catedral de tirar o fôlego. Assim como a de Monreale, ela também teve sua pedra fundamental colocada no século 12 e integra a atual lista de patrimônios mundiais da Unesco. Seu gigantesco mosaico no altar, Cristo Pantocrator, é seu detalhe mais célebre.

Vista geral de Cefalù e o interior da catedral da cidade (fotos: Tamás Szabó - Wikipedia, e Pixabay)


Atravessando o interior da ilha, nosso roteiro nos leva a uma parada em Enna. A 931 metros acima do nível do mar, ela é conhecida por ser a capital de província mais alta de toda a Itália. Chamada de “Belvedere da Sicilia”, a cidade oferece um visual surpreendente da ilha.

A cidade de Enna (foto: Pasquale Paolo Cardo - Flickr)


Esse dia de viagem termina com um jantar na bela Ilha de Ortigia, o Centro Histórico de Siracusa. Fundada no século 8 a.C. pelos coríntios, a cidade natal de Arquimedes, um dos grandes cientistas da Antiguidade, concentra, nessa região, algumas joias do estilo barroco, sobretudo na Praça Duomo.

Praça Duomo, na Ilha de Ortigia, em Siracusa (foto: Shutterstock)


Em meio a área moderna de Siracusa está o Parque Arqueológico Neapolis, um complexo que agrupa ruínas dos mais diversos povos que passaram pela ilha, com destaque para os gregos e romanos. O Teatro Grego, um dos destaques dessa atração, foi construído no século 5 a.C., com cerca de 15 mil lugares, e continuou a ser usado pelos romanos. No “Ouvido de Dionísio”, uma gruta artificial com cerca de 23 metros de altura, o som interno é amplificado e produz ecos que justificam o nome do lugar, usado como prisão pelos gregos.

O Teatro Grego e o "Ouvido de Dionísio", no Parque Arqueológico Neapolis, em Siracusa (fotos: Jeanne Menjoulet - Flickr, e Pixabay)


O almoço desse dia do tour ocorre no Sul da ilha, em Marzamemi, uma antiga e bucólica vila de pescadores. Na volta, avista-se plantações dos famosos tomates de Pachino, na lista dos melhores do mundo.

Marzamemi vista do alto e restaurante da cidade à beira-mar (fotos: Michele Ponzio - Wikipedia, e Pixabay)


Nosso sétimo dia do roteiro é especial. Visitamos duas pérolas do barroco, ambas reconstruídas após o violento terremoto de 1693, que arrasou grande parte do Leste da Sicilia, e, hoje, consideradas patrimônios mundiais pela Unesco. Noto é conhecida como a capital do barroco siciliano e o “Jardim de Pedra Dourada” pelo reflexo do sol em suas construções – a mais bela concentração de prédios está na Corso Vittorio Emanuele. Em Ibla, a parte antiga da cidade de Ragusa, um labirinto de escadarias e ladeiras leva a lindos sobrados e igrejas históricos.

Noto e Ragusa Ibla (fotos: Pixabay e Hein Didden - Wikipedia)


Antes de nos despedirmos da Sicilia, passamos por Taormina, um dos destinos mais famosos e badalados da ilha. A cidade, instalada no alto de um monte, se destaca pelos monumentos históricos, o comércio pulsante e a vista privilegiada para o mar. Conhecida colônia de artistas do mundo inteiro, ela tem como um dos grandes atrativos as ruínas de um teatro grego inaugurado no século 3 a.C., que tinha capacidade para receber 5 mil espectadores. Além da impressionante construção, o local oferece uma visão incrível para o litoral e para o vulcão Etna.

Taormina e o seu teatro grego (fotos: Pixabay e Shutterstock)


Com uma distância mínima de 3,3 quilômetros, o estreito de Messina é um pequeno trecho de água salgada que divide a Ilha da Sicilia da península italiana, conectando o Mar Tirreno ao Mar Jônico. No nosso roteiro, atravessamos o estreito de ferryboat para descobrir as belezas da região da Calabria.

O Estreito de Messina, com vista para a Calabria (foto: Pixabay)


Começamos essa parte da viagem por Reggio Calabria, capital da Calabria e sede de um dos grandes museus italianos, o Nacional da Magna Grécia. Seu acervo inclui as maravilhosas estátuas gregas conhecidas como Bronzi di Riace. A continuação do passeio ocorre na Costa Viola, trecho litorâneo com linda paisagem, onde fazemos paradas em Scilla e Bagnara Calabra. Um almoço em restaurante especializado em pescados completa o clima de encontro com o mar.

As praias de Bagnara Calabra e Scilla, os Bronzi di Riace e a Arena dello Stretto, em Reggio Calabria (fotos: Shutterstock, Dega180 – Wikimedia Commons, Wikipedia e Sergio Spolti - Wikimedia Commons)


É junto dele que nos despedimos desse roteiro em Tropea, cidade costeira rica em história e belezas naturais. Entre elas está a paisagem do Santuário de Santa Maria dell’Isola, erguido sobre um pequeno monte rochoso à beira-mar.

O Santuário de Santa Maria dell'Isola, em Tropea (foto: Shutterstock)



Quer saber mais detalhes sobre esse nosso roteiro pela Sicilia e Calabria? Então clique aqui.



 


AS DUAS REGIÕES NO MAPA DA ITÁLIA


Sicilia e Calabria


SICILIA E CALABRIA EM VÍDEO


Sicilia




Calabria





SICILIA E CALABRIA À MESA

Alguns sabores marcantes das duas cozinhas


Sicilia

Caponata

foto: Wikipedia Commons

A mesa salgada da ilha está muito bem representada pela fartura que vem do mar, com grande variedade de peixes, crustáceos e moluscos. Mas o solo vulcânico dá uma contribuição preciosa para a agricultura e, consequentemente, ajuda a definir o cardápio local. Produtos como tomate, azeitona, berinjela e abobrinha são cultivados na região e alcançam qualidade ímpar. Uma das receitas que levam esses ingredientes é a caponata, servida como antepasto (fria) ou acompanhando peixes e carnes.



Frutta di Martorana

foto: Shutterstock


A Sicilia é um dos lugares mais doces da Itália. Sorvete, cannoli, cassata e marzipã enchem a boca d’água e evidenciam a influência árabe nesta região. Modelada caprichosamente na forma de frutinhas, a frutta di Martorana é um dos símbolos da confeitaria siciliana. A tradição começou no século 12, no Convento da Martorana, em Palermo, quando freiras habilidosas aprimoraram a base de marzipã (massa de amêndoa moída, açúcar ou mel e clara de ovos), dando cores e formas de laranjas e limões para enfeitar os jardins do lugar. Hoje, é possível encontrar toda a sorte de frutas, nesta versão doce e delicada, colorindo as vitrines da ilha.


Calabria

Peperoncino

foto: Pixabay


Mais do que um prato, a cozinha calabresa pode ser representada por um ingrediente: o peperoncino. A pimenta vermelha integra a paisagem de toda a região. É muito comum observar os cachos do condimento secando nas portas das casas, dispostos nas prateleiras dos mercados e, claro, integrando as receitas locais. Seu gosto ardido marca presença em diversos pratos e embutidos. O mais famoso deles é a linguiça calabresa, obtida a partir do processamento de carne suína, temperos e a pimenta vermelha em pó. Na lista dos produtos que ganham esse condimento picante, há a soppressata di Calabria (espécie de salame), ‘nduja (um embutido pastoso), capocollo (conhecido como copa) e a pancetta di Calabria (feita com barriga de porco).


SICILIA E CALABRIA EM FILMES

Clique nas imagens para ter mais informações sobre os filmes

Cinema Paradiso (1988)

Dirigido por Giuseppe Tornatore, esse filme franco-italiano tem como cenário principal uma pequena cidade da Sicilia. Lá, em tempos pré-televisão, o coroinha Toto se apaixona pelo universo do cinema e inicia uma amizade com o projecionista do lugar, Alfredo. O desenrolar da história vai chegando em forma de lembranças, quando Toto, agora um um cineasta de sucesso, recebe a notícia da morte de Alfredo.


O Carteiro e o Poeta (1995)

Gravado em Salina, uma ilha na Sicilia, o filme tem como personagem central o poeta Pablo Neruda, que, por motivos políticos, acaba se exilando na ilha italiana. Ao chegar lá, ele contrata Mario, um sujeito simples e quase analfabeto, para cuidar das suas correspondências. Neruda acaba ganhando um bom companheiro para ouvir suas histórias do Chile. Ao mesmo tempo, ele ajuda o novo amigo a escrever e trocar cartas com Beatrice, mulher por quem o carteiro se apaixona.


Malena (2000)

Produção italiana e americana estrelada por Monica Bellucci e Giuseppe Sulfaro. O filme, escrito e dirigido por Giuseppe Tornatore, se passa em Castelcutó, uma pequena cidade da Sicilia, durante a Segunda Guerra Mundial. Lá, um grupo de garotos nutre uma profunda paixão por Malena, uma linda e invejada mulher, casada com Nino Scordia, soldado enviado para a África após a declaração de guerra na Itália. A distância acaba despertando uma história de amor, perda e coragem. A produção foi indicada ao Oscar de melhor fotografia e melhor trilha sonora.


Qualunquemente (2011)

Trata-se de um filme de comédia satírica italiana que se passa na Calabria. Estrelado pelo comediante Antonio Albanese no papel de seu famoso personagem Cetto La Qualunque, um político desprezível do Sul da Itália. O título significa "O que quer que seja". Nesta aventura, Cetto volta para a Itália depois de uma longa temporada no exterior e se surpreende ao ver sua casa ocupada pelo seu inimigo político.




SICILIA E CALABRIA EM LIVROS


Aventuras do Comissário Montalbano (Andrea Camilleri) O escritor Andrea Camilleri nasceu na Sicilia e produziu livros até o fim da sua vida (ele morreu em 2019, com 93 anos). A maior parte do seu sucesso editorial está ligado ao comissário Montalbano, personagem que protagonizou muitas obras do autor e foi parar numa série televisiva. Trata-se de um detetive siciliano que vive na fictícia cidade de Vigàta. Além de resolver intrincados crimes, Montalbano é um grande apreciador da boa cozinha típica da sua região.




Gente in Aspromonte (Corrado Alvaro)

Corrado Alvaro (1895-1956) foi um jornalista e escritor calabrês. Sua região de origem aparece em diversas de suas obras. Gente in Aspromonte, seu principal trabalho, é uma coleção de treze histórias, publicada em 1930, que leva o título da primeira e mais importante delas. Na esteira do realismo do Sul, as páginas de Alvaro dão voz a um mundo arcaico, fechado, primitivo e elementar, no qual as relações sociais são duras e cruéis, com profundas injustiças. Esse mundo, no entanto, também revela seus valores, sua beleza, suas doçuras secretas e uma memória que deve ser generosamente guardada.



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