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Campania e Molise - Comece em casa a sua viagem à Itália

Atualizado: 6 de mai. de 2020

Uma encantadora mescla de litoral e interior, esse roteiro apresenta lindos terraços sobre o mar, mesas fartas de massas, pizzas e pescados e muita história em palácios, castelos, ruínas romanas e templos gregos.


Se quiser acompanhar o roteiro ouvindo a nossa playlist das duas regiões no Spotify, clique aqui (ou volte para ouvi-la a qualquer hora).


Amalfi, na Campania, e as ruínas de Altilia Saepinum, em Molise (fotos: Shutterstock)





Nossa viagem começa em Nápoles, a maior e mais importante capital do Sul da Itália. A pulsante cidade, com uma imponente baía e a vista espetacular para o Vesúvio, é famosa pela pizza, mas tem muita história e cultura disponíveis entre as refeições.

Nápoles (foto: Shutterstock)


Um dos mais belos teatros do país, o San Carlo guarda inúmeros detalhes de sua fundação (1737).

Teatro San Carlo (foto: Flickr – Anna & Michal)


Ainda mais antigo (de 1600), o Palácio Real traz o clima de uma das residências dos reis de Nápoles e Sicília. Na visita ao prédio, pode-se percorrer salas adornadas com pinturas, estátuas, tapeçarias e móveis de época, além do Teatro da Corte, da Capela Real e dos Jardins Reais.

Palácio Real (fotos: Flickr - Armando Mancini e Wikimedia Commons - Mentnafunangann)


A volta no tempo do nosso tour napolitano ainda vai até a Idade Média. Construído em 1279, o Castel Nuovo (também conhecido como Maschio Angioino) serviu de residência real, fortaleza militar e, no século 18, voltou a ser ocupado pela realeza. Além da singular arquitetura, o castelo funciona como sede do Museu Cívico da cidade.

Castel Nuovo (Maschio Angioino) (foto: Wikimedia Commons - Luca Aless)



No posterior passeio a pé pelo Centro Histórico de Nápoles, ainda entramos na Capela de Sansevero, uma joia do barroco italiano que tem, entre suas maiores atrações, a escultura do Cristo Velado (Giuseppe Sanmartino, 1753).

Cristo Velado – Capela de Sansevero (foto: David Sivyer, Wikimedia Commons)


A primeira tarde livre do nosso roteiro pode ser usada para conhecer outros pontos importantes da cidade, a exemplo do Museu Arqueológico Nacional, sede de uma riquíssima coleção de arte da Antiguidade, ou para um giro no Parque Arqueológico de Ercolano. Embora bem menor do que Pompeia, a cidade, também destruída pela erupção do Vesúvio (79 d.C.), deixou um rico legado sobre as construções e a cultura daquela época.

Museu Arqueológico Nacional e Parque Arqueológico de Ercolano (fotos: Wikipedia e Pixabay)


Outros encantos de Nápoles também estão no seu golfo e o nosso roteiro inclui um passeio de um dia para a maior ilha da região, Ischia. Lá, você desfruta de um cenário repleto de casas coloridas, montanhas verdes e um mar transparente. O almoço é no Norte da ilha, na aprazível Lacco Ameno.

Castelo Aragonese, na Ilha de Ischia (foto: Shutterstock)


A proximidade com o mar, dessa vez sobre um “terraço” esculpido pela natureza, é o ponto alto da viagem a Sorrento. No roteiro há um almoço típico na cidade e uma tarde livre para caminhar pelas animadas ruelas do Centro.

Sorrento (foto: Shutterstock)

Antes de entrar na região de Molise, nossa programação inclui uma parada em Caserta, interior da Campania, para visitar a Reggia, um grandioso palácio real, muito comparado ao de Versalhes. A construção, de cinco andares e 47.000 metros quadrados, começou a ser erguida em 1752, mas só ficou pronta no século seguinte. Além dos acervos da parte interna, chama a atenção sua espetacular área verde, composta pelo Parque Real, o Jardim Inglês e a Floresta de San Silvestro.

Reggia de Caserta (foto: Panoramio - Carlo Pelagalli)


No almoço desse dia, já em Molise, na cidade de Venafro, temos uma degustação do famoso azeite local – Venafro é conhecida como a “Cidade do Azeite” e tem um tipo de oliveira autóctone, que produz uma azeitona chamada Aurino.

Palazzina Liberty, em Venafro (foto: Arquivo Polvani)



Prosseguindo em território molisano, o nosso roteiro passa por outras três localidades da região. Na pequena Castelpetroso, onde o grupo se hospeda, você tem a chance de conhecer a famosa Basílica dell’Addolorata, construção em estilo neogótico iniciada em 1890 e consagrada apenas em 1975.

Basílica dell'Addolorata, em Castelpetroso (foto: Shutterstock)


Essa cidade também é ponto de partida para visitas à antiga cidade romana de Altilia-Saepinum, que preserva ruínas de muralhas, um teatro e outros edifícios, e da capital de Molise, Campobasso. Lá, nosso tour prevê um giro pelo Centro Histórico, que também pode ser admirado do alto do Castelo Monforte, referência local.

Altilia Saepinum e Campobasso (fotos: Shutterstock)



A volta para a Campania inclui um passeio na província de Avellino, com parada para almoço e visita a uma vinícola, antes de revermos o litoral do Mar Tirreno, em Salerno. Essa cidade abriga um Duomo belíssimo. Sua catedral resiste desde o século 11 e tem como destaque a Cripta de São Mateus.

Cripta de São Mateus, no Duomo de Salerno (foto: Wikipedia)



Quarenta quilômetros ao Sul há marcas históricas ainda mais antigas. Nosso roteiro inclui uma excursão a Paestum, um parque arqueológico com ruínas de uma cidade da Magna Grécia, dotado de três impressionantes e bem conservados templos gregos.

Templo grego em Paestum (foto: Pixabay)



O último dia com programação cheia da nossa viagem é especial. No tour por um dos trechos litorâneos mais bonitos do planeta, a Costa Amalfitana, temos pausas matinais para a cerâmica artística de Vietri sul Mare e por um passeio por Amalfi, com tempo livre para você conhecer a catedral da cidade. O templo católico medieval, de elementos árabes-normandos, góticos, renascentistas e barrocos, teve sua construção iniciada no século 9 e recebeu, no início do século 13, os restos mortais de Santo André. No gran finale do roteiro que preparamos para você, após um almoço em restaurante especializado em frutos do mar, há uma passagem pela cidade de Ravello, com direito a uma vista inesquecível da estrada costeira.

Cerâmica de Vietri sul Mare, Amalfi e sua catedral, e Ravello (fotos: 1 Divulgação; 2 Shutterstock;

3 e 4 Pixabay)




Quer saber mais detalhes sobre esse nosso roteiro pela Campania e Molise? Então clique aqui.



 


AS DUAS REGIÕES NO MAPA DA ITÁLIA

Campania e Molise




CAMPANIA E MOLISE EM VÍDEO


Campania




Molise



CAMPANIA E MOLISE À MESA

Alguns sabores marcantes das duas cozinhas


Campania

Mozzarella

foto: Pixabay


É bem diferente do que chamamos no Brasil de “mussarela”. A original leva exclusivamente leite de búfala (a versão com leite de vaca, na Itália, recebe o nome de fior di latte). O nome vem de “mozzatura”, método empregado para separar, com as mãos, o queijo do resto da massa. Esse processo começa com a produção de um coalho elástico, que, posteriormente, é esticado em cordões. Depois, eles são enrolados, cortados e moldados – geralmente em forma de bolas e tranças. Nas planícies da Campania, próximas das cidades de Battipaglia e Caserta, há enormes rebanhos de búfalos e uma grande concentração de produtores com selo D.O.P. (Denominação de Origem Protegida). O produto de qualidade tem sabor suave e uma textura firme por fora e macia por dentro.

Pizza

foto: Ao Sabor da Letra

A configuração moderna da receita certamente nasceu em Nápoles, onde o prato é popular desde o século 19 – num primeiro momento, na condição de comida de rua, mais identificada à população pobre da cidade. Hoje, ela tem status de maior símbolo gastronômico da capital da Campania, onde centenas de estabelecimentos a preparam no almoço e no jantar. A pizza tradicional da cidade só leva farinha italiana 0 e 00, água, fermento e sal, tem longa fermentação, é aberta e moldada com as mãos, exibe borda alta em relação à espessura da base, recebe molho de tomates San Marzano (produzidos em solo vulcânico na Campania) e é assada por até 90 segundos sob alta temperatura de forno a lenha. O resultado desse preciosismo? Massa leve, alveolada e de textura um pouco elástica. Em Nápoles, não tenha medo de dispensar os talheres e comê-la com as mãos, como fazem os napolitanos.



Molise

Fusilli alla molisana

foto: Pixabay

O formato da massa é bem conhecido, principalmente na versão industrializada, moldada em forma de parafuso. Quando fresco, o fusilli é feito um a um, enrolado em ferretto (um ferrinho longo, de 10 a 30 centímetros de comprimento) para que fique com um furo no meio e carregue todo o sabor do molho. Como um recurso caseiro, há quem utilize uma haste de guarda-chuva para modelar as tiras. Comum em todo o Sul da Itália, a receita molisana é servida com um ragu vigoroso, preparado à base de carnes de cordeiro, porco e vitelo.

Polenta alla brigante

foto: Shutterstock


Sim, no Sul da Itália come-se polenta também. Mas ela difere das versões do Norte, onde a polenta é um dos símbolos da culinária, com receitas cremosas que vão se adequando aos sabores regionais. A polenta alla brigante tem base de farinha de milho. Seu preparo inicial segue o modo clássico de cozimento, na boca do fogão. Depois de cozida, no entanto, a receita molisana começa a ganhar toques locais: ela é cortada em discos e levada ao forno com molho de linguiça e cogumelo.



CAMPANIA E MOLISE EM FILMES

Clique nas imagens para ter mais informações sobre os filmes

Passione (2010)

Dirigido por John Turturro, esse documentário revela a musicalidade presente em Nápoles e como ela foi moldada por diferentes influências étnicas e culturais.


Benvenuti al Sud (2010)

Um funcionário dos Correios de uma cidade próxima a Milão tenta aplicar um golpe na sua empresa e acaba sendo transferido para uma agência numa pequena cidade da Campania. O filme mostra, de maneira divertida e, às vezes, bem caricata, as diferenças culturais entre o Norte e o Sul da Itália.


Sole a Catinelle (2013)

Um dos comediantes mais famosos da Itália, Checco Zalone interpreta um homem com problemas financeiros e amorosos obrigado a cumprir uma promessa de viagem com o seu filho. A fim de evitar gastos, ele decide levar o garoto para a sua terra natal, uma pequena cidade em Molise, onde começa uma série de divertidas confusões.


Totò, Peppino e la... Malafemmina (1956)

Antonio Capone e o seu irmão, Peppino, vivem no campo, perto de Nápoles. São proprietários de terras, mas iletrados e simplórios. Antonio, o mais velho, é perdulário e mulherengo; Peppino, submisso e avarento. Gianni, o filho de Lucia, irmã deles, vai estudar medicina em Nápoles, mas apaixona-se por Marisa, uma dançarina. Ele, então, abandona os estudos para seguir sua paixão até Milão. Ao descobrir o fato, os três irmãos, temendo que Gianni caia na má vida, decidem ir a Milão com a intenção de trazê-lo de volta.


Mulher-Maravilha (2017)

Boa parte do filme foi gravado na Itália, com destaque para a região da Campania. A cena da rainha Hippolyta (Connie Nielsen) com sua filha Diana (Lily Aspel) ainda pequena, no alto de um terraço com uma vista fascinante para o mar, foi filmada no Hotel Villa Cimbrone, em Ravello, na Costa Amalfitana. Durante séculos o lugar, que apresenta diferentes estilos arquitetônicos, serviu como residência de famílias nobres da região.



CAMPANIA E MOLISE EM LIVROS

Série Napolitana (Elena Ferrante)

A tetralogia é composta por “A amiga genial”, “História do novo sobrenome”, “História de quem foge e de quem fica” e “História da menina perdida”. Foi um grande sucesso editorial na Itália e rapidamente ficou conhecida no mundo inteiro. A história começa na periferia de Nápoles em 1950, quando duas garotas de 11 anos se encontram na rua em que moram e começam uma amizade duradoura, interrompida pelo desaparecimento misterioso de uma delas.



Le Terre del Sacramento (Francesco Jovine)

Nascido em Molise, o autor escreveu um romance sobre a luta de camponeses que são explorados e buscam uma melhor condição de vida. Os protagonistas são Luca Marano e Laura. Ele é um garoto de 20 anos que incita trabalhadores do campo a reivindicar terras de um rico proprietário rural, esposo de Laura.



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