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Toscana e Umbria – Comece em casa a sua viagem à Itália

Um mergulho profundo na história por meio de extraordinários acervos artísticos e culturais, monumentos medievais e obras renascentistas. Sem esquecer a rica gastronomia e as belezas naturais comuns às duas regiões do Centro da Itália, com suas deslumbrantes paisagens formadas por colinas repletas de vinhedos, campos de girassóis e estradas ladeadas por ciprestes e oliveiras.


Se quiser acompanhar o roteiro ouvindo a nossa playlist das duas regiões no Spotify, clique aqui (ou volte para ouvi-la a qualquer hora).


As famosas colinas da Toscana e a Basílica de São Francisco de Assis, na Umbria (fotos: Shutterstock)



O roteiro começa pela capital da Toscana, a magnífica Florença, berço do movimento renascentista, um verdadeiro museu a céu aberto. Visitamos o coração da cidade a partir da Catedral de Santa Maria del Fiore, com a cúpula de Brunelleschi e o campanário de Giotto. O passeio continua até a Praça della Signoria, marcada pelo imponente Palácio Vecchio e pelas estátuas da Loggia dei Lenzi. A caminhada termina na Basílica de Santa Croce, com as tumbas de ilustres toscanos, como Michelangelo e Galileo Galilei. O almoço típico ocorre em uma tradicional buca, nome dado aos restaurantes instalados nas antigas adegas de palácios históricos.

Atrações de Florença: a catedral e o detalhe interno de sua cúpula; a Fonte del Nettuno, na Praça della Signoria; o Palácio Vecchio; e Basílica de Santa Croce (fotos: 1- Bruce Stokes/Wikimedia; 2- Fabio Poggi/Wikimedia; 3- Lindsey Maurice; 4- Rodrigo Soldon/Flickr; 5- Guy Dugas/Pixabay)



No dia seguinte, visitamos a cidade de Pisa, conhecida mundialmente por seu ícone, a célebre torre inclinada, que compõe o impressionante visual da Praça dei Miracoli. Este complexo arquitetônico, tombado como Patrimônio Mundial pela Unesco desde 1987, conta também com a Catedral de Santa Maria Assunta, o batistério e o cemitério. Seguimos nosso passeio em Lucca, para admirar o seu belo Centro Histórico, contornado por 4 quilômetros de muralhas, com cerca de 12 metros de altura, construídas nos séculos 15 e 16. Em seguida, almoçamos em um restaurante típico próximo da Igreja de San Michele.

A Praça dei Miracoli, em Pisa; e um panorama do Centro Histórico de Lucca (fotos: 1- Mvacht/Pixabay; 2- Mikalu86/Pixabay)



Pelas estradas que cortam o Chianti, uma das mais famosas zonas vinícolas do mundo, admiramos paisagens encantadoras formadas por cidades medievais, verdes colinas, ciprestes e parreirais. Neste dia, fazemos uma visita à adega e almoçamos em um dos tradicionais produtores de vinho da região, nas proximidades de Gaiole in Chianti. Na parada em San Gimignano, localidade caracterizada por suas torres seculares, caminhamos até a Praça della Cisterna, construída ao redor de um poço do século 13, lugar ideal para curtir o clima romântico da Toscana e saborear um gelato numa sorveteria premiada duas vezes como a melhor do mundo.

Panorama da cidade de San Gimignano e a sua Praça della Cisterna; e uma cantina de um produtor de vinhos em Chianti (fotos: 1- Shutterstock; 2- Pxhere; 3- Shutterstock)



Localizada no topo de três colinas, Siena é uma das principais cidades da Toscana e, no passado, disputou com Florença a hegemonia da região. Tem um dos centros históricos mais bem preservados da Itália, onde se destaca a Praça del Campo, com a Torre del Mangia (século 14), que ostenta 102 metros de altura. A praça também é palco do Palio, a tradicional competição equestre disputada entre os bairros de Siena desde 1644. O passeio termina com a visita do interior da bela Catedral de Santa Maria Assunta, decorada com mármore preto e branco, cores do brasão da cidade. A jornada ainda tem um almoço em restaurante típico, com degustação de salames toscanos.

A Praça del Campo e a Catedral de Santa Maria Assunta, em Siena (fotos: 1- L-evate/Pixabay; 2- Deltatoast/Pixabay)



A viagem pelo interior da Toscana continua em direção ao sul da província de Siena, até a surpreendente Pienza, cenário de filmes como O Paciente Inglês, de 1996, e da telenovela Passione, exibida em 2010. A cidade também é Patrimônio Mundial da Unesco desde 1996 e famosa pela produção de queijo pecorino, com leite de ovelhas criadas em seus arredores. Na vizinha Montalcino, conhecida mundialmente por ser a terra do brunello, um dos mais celebrados vinhos italianos, almoçamos em uma vinícola local e visitamos o seu Centro Histórico, onde se destaca a fortaleza concluída em 1381.

Uma das charmosas ruas de Pienza; uma loja da mesma cidade com queijos típicos na vitrine; e vista do Centro Histórico de Montalcino (fotos: 1- Alexander Waltner/Flickr; 2- Shutterstock; 3- Type17/Wikimedia)



Pegamos a estrada rumo à Umbria e, bem próximo da divisa entre as duas regiões, visitamos Cortona, cidade com mais de 3 mil anos de história. Em razão de sua posição estratégica, no alto de uma colina, foi um poderoso distrito na época dos etruscos e atraiu a cobiça de vários povos ao longo dos séculos. A chegada em território umbro é marcada pela vista do Lago Trasimeno, um dos maiores da Itália. Após o almoço na localidade de Castiglione del Lago, a viagem continua até Perugia, onde jantamos pratos típicos e provamos vinhos da região.

Visão da cidade de Cortona e panorama do Lago Trasimeno a partir da Rocca del Leone, em Castiglione del Lago (fotos: 1- Mac9/Wikimedia; 2- Shutterstock)



Dedicamos a manhã desta jornada para conhecer melhor Perugia, a capital da Umbria, que conserva testemunhos de várias épocas, de muralhas etruscas a monumentos renascentistas. O passeio começa pelo Corso Vannucci, artéria principal da cidade, dedicado ao grande pintor Pietro Vannucci, mais conhecido como Il Perugino. Na bela Praça IV Novembre, admiramos a fonte Maggiore, obra-prima da Idade Média, adornada com 24 esculturas e 50 desenhos em baixo-relevo. Completamos o dia em Gubbio, com almoço em restaurante tradicional e tempo livre para caminhar por suas ruelas medievais até a Praça Grande, uma linda praça suspensa por quatro arcadas.

A Praça IV Novembre, em Perugia, e uma ruela medieval da cidade de Gubbio (fotos: 1-Faustomanasse/Pixabay; 2- Shutterstock)



Na nossa última etapa, chegamos na mística Assis, cidade de São Francisco, para visitar a grandiosa basílica dedicado ao santo padroeiro da Itália. Construída no século 13, por ordem do Papa Gregório IX, é decorada com afrescos pintados por Giotto e Cimabue. Em seguida, percorrendo a Strada dell’Olio, ladeada por oliveiras seculares, seguimos em direção a Spoleto, importante localidade na época romana. Lá, conhecemos a Catedral de Santa Maria Assunta, em estilo românico. Durante o percurso, fazemos uma parada para almoço e degustação de azeites no interior de um antigo frantoio, moinho que conserva maquinários usados no passado para a prensagem das azeitonas.

Uma visão da área histórica de Assis; detalhe da basílica de São Francisco; e a catedral de Spoleto (fotos: 1- Zerig/Pixabay; 2- Shutterstock; 3- Faustomanasse/Pixabay)



Quer saber mais detalhes do nosso roteiro pela Toscana e pela Umbria? Então clique aqui.



 


AS DUAS REGIÕES NO MAPA DA ITÁLIA

Toscana e Umbria



TOSCANA E UMBRIA EM VÍDEO


Toscana



Umbria




TOSCANA E UMBRIA À MESA

Sabores marcantes das duas cozinhas


Toscana

Sciocco (pão toscano)

foto: Fugzu/Wikimedia


O sciocco ou pão toscano é um grande exemplo da ricca cucina povera (rica cozinha pobre) da região, marcada por boas doses de simplicidade e rusticidade. No fim da Idade Média e início da Idade Moderna, a dificuldade de se obter sal – por motivos que variam de guerras locais ao alto preço do produto – deu origem a um tipo de pão elaborado sem esse tempero. O que começou como um símbolo da carestia local virou tradição e uma marca forte da culinária toscana. Outra característica de produção da época, o fato de as famílias prepararem a massa em casa e assarem seus pães em fornos coletivos com longos intervalos de tempo, rendeu mais um importante desdobramento gastronômico. Como os pães perdiam o frescor com o passar dos dias, as sobras mais duras se transformaram em ingrediente de alguns preparos que ficaram famosos no receituário toscano. Nessa lista de pratos reforçados pelo sciocco não podem faltar a panzanella (salada de pão com vegetais), a pappa al pomodoro (sopa de pão com tomate), a acquacotta (caldo de verduras com pão, tomate e ovo) e a ribollita (sopa de feijão, vegetais e pão amanhecido).



Bisteca à fiorentina

foto: Shutterstock


Para os grandes apreciadores de carne bovina, a bisteca à fiorentina é um prato obrigatório num giro pela Toscana. Não só pelo pelo seu chamariz visual – trata-se de um portentoso corte com osso que sempre ultrapassa 1 quilo de peso –, mas, também pela sua maciez elogiável, o aroma e o sabor enriquecidos por brasas de carvão, e a suculência de um filé, propositalmente, malpassado. Essa equação poderia ser mágica em vários lugares do mundo, mas os toscanos têm um denominador quase exclusivo: os bois chianina, representantes de uma das maiores e mais antigas raças de gado do mundo, com touros que atingem até 1.300 quilos. Sua complexidade no paladar, reforçada apenas por sal, pimenta e azeite no preparo, é explicada pela constituição do corte. Além do osso em forma de T, a peça reúne segmentos do filé-mignon, do contrafilé e da alcatra.



Umbria

Embutidos de Norcia

Loja com venda de embutidos em Norcia (foto: GBSurf/Pixabay)


A cidade de Norcia é pequena e conta com menos de 5 mil habitantes. Mas as suas módicas dimensões geográfica (274 km²) e populacional não foram limitantes para a localidade fazer história e deixar a sua marca na culinária italiana. Norcia ganhou notoriedade pela dedicação de seus moradores à arte de trabalhar com carnes, tanto que o termo norcino é atribuído não só a quem nasce em Norcia, mas, também, aos especialistas em embutidos. O rol de produtos locais famosos tem linguiças, copa, salames, pancetta (conhecida como ventresca nesta região), guanciale (chamada aqui de barbozzo) e o festejado presunto de Norcia. São alimentos de sabores intensos, que preenchem as mesas e dão personalidade a receitas locais. Entre elas estão os strangozzi alla norcina, massa de fios longos e superfície irregular com embutidos e, eventualmente, trufas – outra joia local.



Chocolate

foto: Divulgação/Baci Perugina


Em 1907, a cidade de Perugia, capital da Umbria, entrou para o mapa gastronômico mundial com a fundação de uma das marcas mais famosas de chocolate do mundo, a Perugina. Os bombons recheados de avelã, que trazem bilhetinhos com mensagens de amor, foram inspirados por um romance secreto e batizados de Baci (beijos). A fábrica secular contribuiu para colocar a região no calendário dos eventos mais saborosos da Itália, a exemplo do Festival del Cioccolato. Conhecido internacionalmente como Eurochocolate, ele ocorre sempre no mês de outubro, abriga stands de grifes de todo o planeta e movimenta as ruas de Perugia por nove dias.




TOSCANA E UMBRIA EM FILMES

Clique nas imagens para ter mais informações sobre os filmes


Toscana

Sob o Sol da Toscana (2003)

Baseado no romance homônimo escrito por Frances Mayes, o filme dirigido por Audrey Wells tem como cenário principal a cidade de Cortona. Na trama, a própria Frances (interpretada por Diane Lane) é uma escritora de San Francisco que estava vivendo uma crise ocasionada pelo seu divórcio. Para melhorar o estado de espírito da grande amiga, Patti (Sandra Oh) presenteia Frances com uma viagem de férias para a Itália, onde ela resolve comprar e reformar uma casa de mais de 300 anos. Na Villa Bramasole aprende a viver all´italiana, conhece novos amigos e descobre um grande amor. Além das cenas rodadas no Centro Histórico e nos arredores de Cortona, há locações na vizinha Montepulciano, em Roma e na Campania, com destaque para Positano, na Costa Amalfitana.


A Vida é Bela (1997)

Premiada com o Oscar de Melhor Filme Estrangeiro, em 1999, esta obra consagrou o ator e diretor Roberto Benigni, nascido em Castiglion Fiorentino, na província de Arezzo. E é na cidade de Arezzo que são rodadas as cenas iniciais da trama, que tem como protagonistas o judeu Guido (Benigni), a professora Dora (Nicoletta Braschi, sua esposa também na vida real) e o menino Giosuè (Giorgio Cantarini). No auge da Segunda Guerra Mundial, os três são levados para um campo de concentração nazista, onde Guido faz de tudo para esconder do filho o que está acontecendo. A situação dramática se transforma em comédia, com o pai inventando um suposto jogo para distrair o garoto. Na versão original, as cenas ficam ainda mais engraçadas com o forte sotaque toscano de Benigni.



Umbria

Irmão Sol, Irmã Lua (1972)

Filme ítalo-britânico inspirado na vida e obra de São Francisco, dirigido por Franco Zeffirelli. A maior parte das filmagens foi realizada no lado umbro do Parque Nacional dos Montes Sibillini, no centro de Gubbio e nos arredores de Norcia e Assis. Francisco (Graham Faulkner) é um jovem mimado, filho do rico comerciante Pietro di Bernardone (Lee Montague), que parte para a guerra contra Perugia e volta doente para a casa. A sua personalidade muda completamente, ele abandona os prazeres da vida e revela seu amor por Deus. Após jogar os tecidos da família pela janela para doá-los aos pobres e se desnudar publicamente, abandona os pais e inicia sua pregação ao lado de Clara (Judi Bowker), Bernardo (Leigh Lawson) e outros jovens seguidores.


A Minha Casa na Umbria (2003)

Após um ataque terrorista contra um trem, a escritora Emily Delahunty (interpretada por Maggie Smith) convida outros três sobreviventes para se recuperarem em sua casa, no interior da Umbria. Emily cria uma relação especial com a órfã Aimee (Emmy Clarke), de 8 anos, que perdeu os pais no atentado. Ao lado das duas, o velho inglês conhecido como General (Ronnie Barker) e o jovem alemão Werner (Benno Fürmann) tentam superar o trauma, mas sentem a pressão do inspetor de polícia Girotti (Giancarlo Giannini). A chegada de Thomas Riversmith (Chris Cooper), tio de Aimee, que pretende levar a menina de volta para os Estados Unidos, gera uma situação desconfortável para Emily. O filme americano produzido pela HBO é inspirado no romance homônimo do irlandês Willian Trevor.




TOSCANA E UMBRIA EM LIVROS


Toscana

A Divina Comédia (Dante Alighieri)

Clássico da literatura mundial, esta obra é considerada uma síntese dos pensamentos da Idade Média. O florentino Dante Alighieri (1265-1321) é narrador e personagem principal de uma viagem alegórica, contada em um poema composto por 100 cantos, divididos entre Inferno, Purgatório e Paraíso. No Inferno, ele encontra o poeta romano Virgílio, que o acompanha até o final do Purgatório. Homero, Horácio, Ovídio e outros grandes escritores e personagens da Antiguidade também são cantados em seus versos. No Paraíso, Dante é guiado por Beatriz, pela qual era platonicamente apaixonado na vida terrestre. Ela o leva até o Rio Lete, onde beberá a água que apaga da memória os seus pecados.



As Aventuras de Pinóquio (Carlo Collodi)

Conhecido em todo o mundo, traduzido em mais de 200 idiomas, o livro foi publicado pela primeira vez no início de 1883, em Florença. Pinóquio (Pinocchio, em italiano), o boneco de madeira que queria se tornar humano, até hoje faz sucesso entre as crianças – os adultos também não se esquecem que o nariz dele crescia a cada mentira. A história também imortalizou personagens como Gepeto, o Grilo-Falante, a Fada, a e dupla de malandros formada pela Raposa e pelo Gato. Carlo Lorenzini é o nome verdadeiro do autor, que adotou o pseudônimo Collodi em homenagem à cidade do interior da Toscana onde passou os melhores momentos de sua infância. Collodi, a 17 km de Lucca, abriga desde 1956 um parque temático dedicado a Pinóquio.



Umbria

La Scelta (Giovanni Dozzini)

Durante a Segunda Guerra Mundial, para escapar da perseguição nazista, um grupo de judeus se refugia na Isola Maggiore, no Lago Trasimeno, ícone natural da Umbria. O lugar havia sido poupado pelos alemães, que, às vezes, apareciam por lá apenas para confiscar o produto da pesca dos locais. Na manhã do dia 14 de junho, porém, os soldados desembarcam na ilha a pretexto de realizar uma busca em todas as casas. Um desentendimento termina com a morte de dois moradores e de um alemão. Os militares se retiram, mas é certo que retornariam para a vingança. Aos insulares, inicialmente, restam duas escolhas: esperar ou escapar. Depois se dividem em entregar os judeus de maneira que não haja represálias ou continuar prestando ajuda para salvá-los.


Al di là dei Muri (Simona Silvestri)

A história se passa em Perugia, na década passada. Cristiana tem 30 anos e está frustrada com o seu trabalho na universidade e as constantes desilusões sentimentais. Um dia conhece Miri, um rapaz albanês que também está à procura da felicidade e de uma vida melhor. Depois de superarem as preocupações e alguns receios, sustentados pela força dessa união, Cristiana e Miri decidem ficar juntos, enfrentando preconceitos de amigos e familiares. Em paralelo, a autora Simona Silvestri narra os sonhos do terceiro protagonista: Mustafá, outro jovem nascido na Albânia. Apesar de ter passado por experiências muito difíceis, ele demonstra determinação na busca de seus objetivos.



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