O jornalista e consultor gastronômico Luiz Américo Camargo, um especialista em pães, traz segredos e curiosidades de um símbolo da panificação escandinava, o knäckebröd, chamado aqui de pão sueco
Dois tipos de knäckebröd (foto: Pixabay)
Nossa série Sete países, sete pães prossegue com a Suécia. Semanalmente, com a assinatura de um dos maiores especialistas em panificação do país, o jornalista e consultor gastronômico Luiz Américo Camargo, nosso blog vai levar os internautas para sete países, por meio de pães que os representam mundialmente. O autor dos livros Pão Nosso: Receitas caseiras com fermento natural e Direto ao Pão: Receitas caseiras para todas as horas trará histórias, curiosidades e dicas de preparo para te proporcionar uma viagem a esses destinos sem sair de casa – ou melhor, da sua cozinha.
Vale lembrar que nossas paradas aqui estão conectadas aos posts de outra série, a Lente de aumento. Toda semana, posts das duas frentes vão abordar um mesmo país. Ao final desse post, você encontrará o link para visitar outras grandes atrações suecas e saber mais detalhes de como planejar sua viagem à Suécia com a Polvani. Para ler e aprender mais sobre pães, siga o Luiz Américo Camargo no perfil do Instagram @luizamericofcamargo.
KNÄCKEBRÖD (PÃO SUECO)
O pão sueco: fino, crocante, nutritivo e conhecido em todo o planeta (foto: Luiz Américo Camargo)
Ele talvez seja o produto sueco de maior alcance mundial, o mais presente no cotidiano dos consumidores. Mais do que os filmes de Bergman, as músicas do ABBA, os carros da Volvo, o pãozinho fino e crocante – ou as versões da sua receita original – pode ser achado nos mercados de vários países. O tipo mais conhecido é o chamado knäckebröd, preparado com farinhas integrais, preferencialmente, e a adição de sementes, que conferem textura e um sabor bastante peculiar. Presente em várias refeições, ou como base para petiscos, esse pão é geralmente acompanhado por pastas (inclusive creme azedo), picles, carnes e peixes defumados. Embora conheçamos melhor os exemplares quadrados e retangulares, ele também é muito encontrado na Suécia em formato redondo.
Por que esse pão tem características particulares, diferentes dos pães da Europa Mediterrânea, por exemplo? Imaginemos um país extenso, onde os habitantes são obrigados, muitas vezes, a cruzar grandes distâncias (inclusive rumo a lugares ermos) sob temperaturas bastante frias. Pois bem: não é prático ter à mão um pãozinho fácil de transportar durante uma viagem de trem, por exemplo; com alta durabilidade (por ser crocante, o ressecamento não é um problema); e nutritivo, com fibras e vitaminas? Gosto muito da proposta do knäckebröd e, no meu livro Direto ao Pão, apresento uma receita caseira que funciona muito bem. E que chega à plenitude quando, por um lado, não abrimos mão do kümmel (um parente do cominho que dá a principal identidade de sabor da especialidade); e, por outro, nos esmeramos em abrir bem a massa, com atenção e sem preguiça, para que ela fique bem fininha.
Interessado em saber mais detalhes sobre caminhos que te levam à Suécia? Então consulte este post da série Lente de Aumento, o roteiro Lendas Escandinavas, os Cruzeiros pelo Norte da Europa ou entre em contato conosco para planejar uma viagem personalizada ao país.
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