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Alemanha – Sete países, sete pães

O jornalista e consultor gastronômico Luiz Américo Camargo, um especialista em pães, traz curiosidades e segredos de um símbolo da panificação alemã, o pão de centeio

Padaria alemã (foto: Pixabay)


Nossa série Sete países, sete pães prossegue com a Alemanha. Semanalmente, com a assinatura de um dos maiores especialistas em panificação do país, o jornalista e consultor gastronômico Luiz Américo Camargo, nosso blog vai levar os internautas para sete países, por meio de pães que os representam mundialmente. O autor dos livros Pão Nosso: Receitas caseiras com fermento natural e Direto ao Pão: Receitas caseiras para todas as horas trará histórias, curiosidades e dicas de preparo para te proporcionar uma viagem a esses destinos sem sair de casa – ou melhor, da sua cozinha.


Vale lembrar que nossas paradas aqui estão conectadas aos posts de outra série, a Lente de aumento. Toda semana, posts das duas frentes vão abordar um mesmo país. Ao final desse post, você encontrará o link para visitar outras grandes atrações alemãs e saber mais detalhes de como planejar sua viagem à Alemanha com a Polvani. Para ler e aprender mais sobre pães, siga o Luiz Américo Camargo no perfil do Instagram @luizamericofcamargo.



PÃO DE CENTEIO

Pão de centeio: gostoso e altamente nutritivo (foto: Luiz Américo Camargo)


Falar em “pão alemão”, no singular, não faz justiça a uma das tradições mais ricas da panificação na Europa, com vasta diversidade regional. Porém, creio que podemos afirmar que existe um elemento de união que atravessa o território germânico, estabelecendo afinidades entre as fornadas de regiões diferentes, como a Baviera, a Renânia, a Saxônia: é a visão do pão como alimento. Os pães são parte da cultura, expressam os sabores da terra, mas, acima de tudo, precisam nutrir, saciar. Proteger os trabalhadores do frio, das longas jornadas nos campos, nas fábricas – conforme os costumes desenvolvidos ao longo dos séculos. Por isso, é comum que nos venha à cabeça o schwarzbrot, o pão preto, denso, aromático, marcado pelo centeio, pela farinha de trigo integral, pela presença de grãos. Elaborei uma interpretação dessa especialidade e publiquei em meu primeiro livro, o Pão Nosso. Os alemães gostam de ter o pão em todas as suas refeições, e ele não é mero acompanhamento. É também protagonista, seja no café da manhã ou na ceia noturna.


A panificação alemã, com muitas receitas icônicas, mas também comandada por profissionais altamente atualizados, com as melhores técnicas e equipamentos, já legou ao mundo clássicos como o landbrot, o pão “do campo”; o sonnenblumenbrot, feito com sementes de girassol; e o popularíssimo pretzel. Porém, talvez o mais famoso deles seja o pumpernickel, de centeio (a farinha e os grãos inteiros), além de outras sementes, com sua cocção lenta, em forno bem baixo, praticamente mais cozido no vapor do que assado. Uma receita substanciosa, que nos lembra que o pão pode ser gostoso e altamente nutritivo. E que ressalta como o pão é diverso, e como é vasta a sua interpretação por diferentes povos.



Interessado em saber mais detalhes sobre caminhos que te levam à Alemanha? Então consulte este post da série Lente de Aumento, o roteiro Alemanha Romântica ou entre em contato conosco para planejar uma viagem personalizada ao país.



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