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Itália – Lente de aumento

Atualizado: 27 de out. de 2020

Um giro pelas regiões turísticas e as grandes atrações da Itália. Ao final, nossas indicações para conhecer duas delas por meio de visitas virtuais bem interativas

Roma, a Cidade Eterna (foto: Pixabay)


Nossa série Lente de aumento viaja à Itália. A ideia do projeto, que aborda semanalmente países para os quais a Polvani oferece roteiros turísticos, é apresentar um panorama das principais regiões e atrações de cada um deles. Ao final, sempre indicamos endereços eletrônicos que entregam um ótimo nível de interatividade e informações detalhadas sobre dois destes pontos. Essas visitas virtuais não substituem a sensação única de colocar os pés nesses lugares, mas viajar também inclui sonhar e planejar. E a gente segue ao seu lado para transformar essas ações em boas aventuras.



UM GIRO PELA ITÁLIA

A Itália tem o maior patrimônio artístico e cultural de todo o mundo, constituído por 43 sítios tombados pela UNESCO, 2.100 parques arqueológicos e mais de 3.400 museus. Os testemunhos da rica história do país estão presentes em todo o território e contemplam várias épocas da civilização ocidental. Da Idade do Ferro (mil anos antes de Cristo), em 28 comunas da Val Camonica, na Lombardia, encontra-se o maior complexo de arte rupestre da Europa. Monumentos das antigas colônias da Magna Grécia foram conservados nas atuais regiões da Campania, Basilicata, Puglia, Calabria e Sicilia, como os templos de Paestum, Selinunte e Agrigento. O período Etrusco deixou sua marca no interior da Toscana e no Lazio, onde se localiza a necrópole de Tarquinia, com dezenas de tumbas decoradas por belos afrescos.

Templo em Paestum, na Campania; templo de Agrigento, na Sicilia; e arte rupestre em Val Camonica (fotos: 1, 2 e 3 - Pixabay)


Da época Romana, além do impressionante legado deixado em Roma, que tem o Coliseu como símbolo, construções do Império podem ser vistas de Norte a Sul do país, do Anfiteatro de Aosta ao Arco de Trajano, em Benevento; das colunas de Aquileia às ruínas de Pompeia, da Arena de Verona à Villa del Casale, em Piazza Armerina. Castelos da Idade Média também fazem parte da paisagem de todas as regiões italianas, como o Sforzesco, em pleno Centro de Milão, ou o Castel del Monte, na zona rural de Andria, a 60 quilômetros de Bari; o Estense, no coração de Ferrara, ou o Rocca Calascio, nas montanhas da província de L'Aquila; do Scaligero, em Sirmione, à beira do Lago de Garda, ao Aragonese, na ilha de Ischia; do gótico de Fénis, no Valle d'Aosta, ao árabe-normando de Castellamare del Golfo, na Sicilia.

O Coliseu e o Fórum Romano, em Roma; ruínas de Pompeia com o Vesúvio ao fundo; o Castelo Sforzesco, em Milão; o Castelo Aragonese, em Ischia; e o Castelo de Fénis, no Valle d'Aosta (fotos: 1 e 2 - Pixabay; 3 - Shutterstock; 4 - Wikimedia; 5 - Shutterstock; 6 - Pixabay)

O Renascimento, entre os séculos 15 e 16, gerou grandes personagens da história da humanidade. Artistas, pintores, escultores e arquitetos geniais, deixaram obras que impressionam até hoje, como os afrescos de Giotto na Basílica de São Francisco, em Assis, ou os de Mantegna, no Palácio Ducal, de Mantova; a cúpula de Brunelleschi, da Catedral de Florença, ou as colunas de Bernini na Praça São Pedro, no Vaticano; o mural da Última Ceia de Leonardo da Vinci, no refeitório de Santa Maria delle Grazie, em Milão, ou a estátua de Moisés de Michelangelo, na Basílica de São Pedro Acorrentado, em Roma; os quadros de Rafael, no Palácio Ducal, em Urbino, ou de Caravaggio, no Museu de Capodimonte, em Nápoles.

Afresco de Giotto na Basílica de São Francisco, em Assis; a cúpula de Brunelleschi, na Catedral de Florença; as colunas de Bernini, no Vaticano; o mural da Última Ceia, de Leonardo da Vinci, em Milão; e a escultura de Moisés, de Michelangelo, em Roma (fotos: 1 - Flickr/Frans Vandewalle; 2 - Wikimedia; 3, 4 e 5 - Pixabay)

Antes de sua unificação, em 1861, a Itália estava dividida entre reinos e repúblicas independentes ou sob domínio de outras nações. Isso também contribui para aumentar a grandeza e diversidade de seu patrimônio histórico. A influência austríaca pode ser notada na arquitetura das cidades de Trieste, Bolzano ou Milão; enquanto a presença francesa aparece em Parma e a espanhola em Alghero, na Sardegna.

Rua no Centro de Bolzano; o Palácio do Governo, em Parma; e a marina de Alghero, na Sardegna (fotos: 1 - PxHere; 2 - Pixabay; 3- Flickr/Diana Robinson)


Tantas atrações estão concentradas em uma área de 302.073 quilômetros quadrados, incluindo a Sicilia (25.460 quilômetros quadrados) e a Sardegna (23.813 quilômetros quadrados), as duas maiores ilhas do Mediterrâneo. O território continental, praticamente do tamanho do Estado de São Paulo, ao Norte é demarcado pelos Alpes e a cadeia montanhosa dos Apeninos atravessa a sua península, contornada por pequenas baías e golfos, banhados pelos mares Lígure, Tirreno, Jônico e Adriático.

Cefalù, na Sicilia; e Cala Goloritzè, na Sardegna (fotos: 1 - Wikimedia; 2 - Pixabay)

Monumentos seculares e paisagens maravilhosas, praias e montanhas, lagos e verdes campos, tudo muito próximo para os padrões dos viajantes brasileiros. O percurso da cosmopolita Milão até Veneza é de cerca 260 quilômetros. Distâncias parecidas separam a capital do Vêneto de Florença e esta de Roma, completando o quarteto das cidades mais visitadas do país – todas servidas por trens de alta velocidade, que levam cerca de duas horas de viagem entre uma estação e outra. Entre os destinos mais procurados por turistas internacionais, podemos incluir ainda as zonas vinícolas do interior do Piemonte e da Toscana; os elegantes balneários da Costa Smeralda, na Sardegna, ou da Costa Amalfitana, na Campania; as estações de esqui da Alta Badia e de Cortina d’Ampezzo, nas Dolomitas, entre o Veneto e o Trentino-Alto Adige; as metas de peregrinação de Assis e Cássia, no interior da Umbria; as localidades surpreendentes das Cinque Terre, na Liguria, de Alberobello, na Puglia, Matera, na Basilicata, ou Taormina, na Sicilia.

O Duomo de Milão; Veneza; Fonte de Netuno, em Florença; Praça Navona, em Roma; Barolo, no Piemonte; Amalfi, na Campania; Cortina d'Ampezzo com as Dolomitas ao fundo; Manarola, no circuito lígure das Cinque Terre; Alberobello, na Puglia; e Matera, na Basilicata (fotos: 1 - Pixabay; 2 - Shutterstock; 3 - Lindsey Maurice; 4 - Pixabay; 5 - Shutterstock; 6 e 7 - Pixabay; 8 - Wikimedia; 9 e 10 - Shutterstock)


E, nos últimos anos, a gastronomia italiana vem conquistando o mundo com a riqueza e variedade de sua cozinha, qualidade de produtos industrializados e excelência na fabricação artesanal. Valorizar uma boa mesa e o convívio durante as refeições sempre fez parte da cultura local, assim como respeitar receitas tradicionais e utilizar ingredientes do território. Seguindo a mesma filosofia é possível viajar por toda a Itália sem repetir um único prato e apreciando vinhos elaborados em cada uma das vinte regiões do país.

O queijo fontina, típico do Valle d'Aosta; o risoto à milanesa, da Lombardia; o pesto genôves, ícone da mesa lígure; a bisteca à fiorentina; a bottarga sarda; o orecchiette e a burrata, muito ligados à Puglia; a linguiça lucanica (com erva-doce e pimenta), da Basilicata; a frutta martorana (com marzipã), da Sicilia; e o espumante Franciacorta, da Lombardia (fotos: Shutterstock)



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Abaixo, você encontra sugestões de visitas virtuais em dois ícones da cidade de Florença, a Galeria degli Uffizi e o Palácio Vecchio. Se você não os conhece, é uma chance de saber um pouco mais sobre eles e preparar a sua viagem presencial a esses lugares. Se você já foi, trata-se de uma boa chance para matar saudades e descobrir, ou explorar mais, algum aspecto que você deixou de lado no seu tour.


GALERIA DEGLI UFFIZI

A Anunciação, pintura de Leonardo da Vinci exposta na Galeria degli Uffizi (foto: Wikimedia)


O prédio que abriga um dos mais antigos e famosos museus do mundo não foi construído para esse fim. Projetado por Giorgio Vasari, um dos grandes nomes da arquitetura renascentista, ele atendeu o desejo do duque Cosme I de Médici, que desejava centralizar, num único endereço, os escritórios dos 13 principais magistrados de Florença (uffizi, em italiano, é uma variante da palavra uffici, "escritórios" em português). Sua construção em "U" foi iniciada em 1560 e concluída em 1580. Um ano depois, o então duque Francisco I de Médici, filho de Cosme, decidiu reunir na galeria do último andar objetos de arte, armaduras, miniaturas e medalhas, inaugurando a vocação do prédio como espaço de celebração da arte. Hoje, as cerca de 50 salas abertas ao público da Galeria degli Uffizi abrigam o mais importante acervo do Renascimento, que inclui obras icônicas de grandes nomes do período, como Cimabue, Caravaggio, Leonardo da Vinci, Michelangelo, Rafael, Sandro Botticelli, Andrea Mantegna e Tiziano.


O site selecionado traz quatro exposições online, que mesclam fotos e textos. Duas abordam detalhes das famosas obras "Perseu libertando Andrômeda" (1510/1515), de Piero di Cosimo, e "Madonna da Santa Trinitá" (1280/1290), de Cimabue. Outras duas revelam dados interessantes sobre desenhos (esboços) dos pintores Federico Barocci (1526-1612) e Amico Aspertini (1474-1552) – o último acompanhado por traços de outros artistas da Escola de Bolonha. A coleção do museu pode ser agrupada por temas (tinta a óleo, desenho, papel, Renascimento) e por popularidade (não deixe de conferir na primeira tela clássicos como "A Anunciação", de Leonardo da Vinci; "O nascimento de Vênus", de Botticelli; "Doni tondo", de Michelangelo; e "Medusa" e "Baco", de Caravaggio), além de datas das obras e cor. Com o recurso do Google Street View, ainda é possível circular pelos ambientes da galeria e observar, com toda a calma do mundo, suas obras favoritas.


Acesse o site aqui.



PALÁCIO VECCHIO

Foto: Pixabay


Chamado inicialmente de Palácio della Signoria, nome da praça onde está situado, o Palácio Vecchio ("Velho", em português) começou a ser erguido em plena Idade Média, no fim do século 13. Seu desenho original é atribuído a Arnolfo di Cambio, arquiteto do Duomo e da Basílica da Santa Cruz, os principais templos religiosos de Florença. A construção atual, porém, é resultado de várias intervenções e ampliações feitas entre os séculos 13 e 16. Entre 1540 e 1550, o palácio serviu como residência do duque Cosmo I de Médici, que, ao se instalar no então novo Palácio Pitti, do outro lado do Rio Arno, passou a chamar sua antiga morada de Palácio Vecchio. Apesar de grande parte da sua área ter se transformado em um museu (destaque para o grandioso Salão dos Quinhentos, com enormes afrescos nas paredes; os aposentos da família Médici; e a máscara mortuária de Dante Alighieri), o prédio ainda se mantém como um símbolo do governo local, na condição de sede da Comuna de Florença e do Conselho Comunal. Sua torre, de 94 metros, é um dos principais pontos de referência da área central da cidade.


O site selecionado traz três exposições online, que mesclam fotos e textos. Nas duas primeiras há uma seleção de obras dos apartamentos de Leão X – focalizando pinturas que retratam grandes personagens do clã dos Médici, e um conjunto de afrescos dos apartamentos dos elementos, que abordam temas mitológicos. A terceira exposição usa a "Veduta della Catena", uma enorme reprodução de um mapa da Florença do século 15 (exibido no Palácio Vecchio), para fazer alguns comparativos entre antigas e raras representações de alguns dos principais monumentos da cidade e fotos atuais dos mesmos. Neste site, não há o recurso do Google Street View, mas a coleção reúne 213 itens do palácio, que podem ser organizados por popularidade, hora e cor.


Acesse o site aqui.



A seguir, um fantástico passeio em imagens pela linda Florença, capital da Toscana:



Interessado em saber mais detalhes sobre roteiros que te levam à Itália? Então consulte os nossos dez programas de Viva L'Italia, o tour Bell'Italia, os quatro Giros gastronômicos ou entre em contato conosco para planejar uma viagem personalizada ao país.



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